terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Declínio do Ser

 
Há tempos que a homem perdeu sua humanidade. O que existe de melhor, o que nos difere dos animais irracionais, vem sendo absorvido por uma sociedade mais instintiva e adepta do pragmatismo. É o declínio do ser.

Não há razão para crer que tudo está perdido. Assim como no aquecimento global, na violência e nas crises financeiras, é possível, em qualquer momento, parar e voltar para o caminho correto. Basta o homem lembrar daquilo que ele tinha de melhor: a habilidade em crer.

Conforme os tempos passam e as gerações mudam, as renovações nunca engrandecem o ser humano. Os filmes antigos são sempre os melhores, no passado tudo era mais simples, e antes a felicidade era palpável. Quanto mais caminhamos para nosso fim, mais nos distanciamos das possibilidades, mas deveria ser ao contrário. Deveria ser a aproximação do leito de morte que nos livraria da triste realidade.

É preciso crer que as coisas vão dar certo, ter a esperança de que o sonho é realizável. Fugir do animal e ser mais humano. Ceder aos desejos efêmeros, sucumbir ao pecado e deixar o destino ser um roteiro imprevisível.

Ser romântico. Ser sonhador. Ser humano. Ser vivo. Só seja.

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